28 abril, 2007

O que significa Cultura do Design?



56 questões descompromissadas ao Deus do Design

• Porque não existe um Quarteto de Design?
• Porque não existe um fomento nacional ao design?
• Porque as pessoas são mais atingidas pelo cinema do que pelo design?
• Os designers querem apenas ganhar dinheiro, os cineastas não?
• Os designers são escravos da indústria?
• Porque não existe um imposto compulsório para os designers?
• Porque os simpósios de design são tão detestáveis?
• O design é mais comércio do que cultura?
• Como podemos fazer um frio produto da indústria nos falar ao coração?
• O design tem uma função educativa?
• É um diletantismo do consumo querer possuir coisas belas?
• O design serve à auto-afirmação?
• Coisas belas nos provêm felicidade duradoura?
• Design precisa ser sempre bom?
• Um objeto pode ser uma expressão de nossa sociedade?
• Porque o design acredita não necessitar de uma teoria?
• Porque qualquer um pode se chamar de designer?
• A necessidade social do design é um romantismo social irrealista?
• O design pode ser político?
• O design tem que ser ético?
• O bom design é democrático?
• Pode se decidir democraticamente sobre o design?
• Precisamos de designers estrelas?
• Somente os projetos produzidos têm valor?
• Os melhores projetos acabam engavetados?
• O que faz um designer ter sucesso?
• A inteligência prejudica o sucesso do design?
• Um bom designer pode ser superficial?
• Os designers não sabem ler?
• Porque querem os designer sempre reinventar as coisas?
• Porque os designers não admitem ser inspirados por outros projetos?
• O sampling só existe na música?
• As citações só existem na literatura?
• Porque os designers lidam tão mal com o passado e a tradição?
• Os designers se interessam por sua própria história?
• Há designers no Congresso Nacional?
• São os designers advogados do consumidor ao invés de agentes da indústria?
• A economia impulsiona o design ou o design impulsiona a economia?
• Porque os designers se tornaram tão apolíticos?
• Os designers ouvem o marketing? Como conseguiram os publicitários se afirmar como criativos, quando eles servem mais ao comércio que os designers?
• Como os criadores de tendências se tornaram tão importantes?
• Devem os designers ser tão livres como os artistas?
• Porque os designers acreditam que devem argumentar com termos do marketing? • Porque o significado econômico do designer deve ser mais importante do que o social?
• Porque a divulgação sobre design é tão ruim?
• Porque não há programas sobre design na televisão?
• Quem é a Maria Gabriela do design?
• Quando o design perdeu a sua relevância?
• Que idiota criou os termos Designer Babies e Designer Drugs?
• Porque as instituições do design fazem tão pouco pela imagem do design?
• Porque acreditamos que o design tenha que ser limitado em relação às fronteiras das outras disciplinas?
• O design pode ser uma tendência cultural autônoma?
• Como, em um grupo tão pequeno, não se consegue concordar com alguns ideais? • Pode o design transformar a sociedade?
• Quando se inicia o século do design?

© Markus Frenzl
designer, www.4gzl.de

Publicado originalmente na revista alemã Stylepark-Magazin e traduzido pelo professor Freddy Van Camp scrito por um profissional alemão, Markus Frenzl, como uma crítica e uma reflexão sobre a situação local, ele remete também a situações semelhantes na realidade do design brasileiro e pode ser lido como uma contribuição à nossa própria reflexão. Markus Frenzl, designer formado pela HfG Offenbach am Main na Alemanha, dirige o escritório 4gzl/designkontext, atuando como consultor em design e nos campos da concepção, estratégia e texto para diversas empresas, como Lufthansa, DaimlerChrysler, Messe Frankfurt, entre outras. Como autor e crítico de design publicou artigos em revistas como "Design Report", "form", "DU", "Outlook", além de livros e ensaios sobre design.

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